O Fim da Lenda: Alguém Vai Morrer


Leia com atenção as frases a seguir. Elas foram ditas nos filmes "Batman Begins" e “Batman - O Cavaleiro das Trevas":

"Bruce, por que caímos? Para aprendermos a ficar de pé." - Thomas Wayne (repetida por Alfred Pennyworth).

"A noite é mais escura logo antes de amanhecer." - Harvey Dent.

"É tudo parte de um plano." - Coringa.

"O que vai acontecer quando o senhor encontrar seus limites?" - Alfred Pennyworth, para Bruce Wayne.

"Ou você morre herói, ou vive o bastante para ver você mesmo se tornar o vilão." - Harvey Dent.

"Ou você morre herói, ou vive o bastante para ver você mesmo se tornar o vilão. Eu posso ser os dois." – Batman.

Muitos andam com suspeitas de que Batman vai morrer em "O Cavaleiro das Trevas Ressurge". Já discutimos, em função da opção de colocar os títulos dos filmes no fim deles, que não acreditamos na morte de Batman nesse próximo filme do herói. Só há um vilão que pode derrotar o Morcego definitivamente: A velhice, quando será a hora de passar o manto adiante. Mas alguém vai morrer. Como as coisas vão chegar a essa morte dolorosa?


Durante o tempo em que Bane espalhar o terror em Gotham, a notícia da morte do Morcego vai ser vista como verdade, principalmente porque Batman vai demorar para retornar. A fúria que vai abater Gotham é o resultado de um longo trabalho conduzido pela Liga das Sombras, que fica a cargo de Bane. Veremos nesse longa que é Thalia Al Ghul quem retoma o trabalho do pai e busca um aliado para seguir adiante: Bane. Se for Thalia quem apresenta Bane a R'as Al Ghul, é a obstinação de Bane que o leva adiante. Bane é visto por Ra's como um potencial a evoluir. Entenderemos bem a preparação de Bane como um agente da Liga capaz de sobrepujar Batman e como Thalia vai levá-lo a ser o homem que vingará a morte de Ra's Al Ghul e punir Bruce, com torturas extremas após quebrar o Batman.

Bane pode ganhar seu visual a serviço da Liga. A máscara de Bane deve ser resultado de um acidente grave ou até mesmo um projeto inusitado da Liga, que exige uma recuperação radical, como a que aconteceu com Darth Vader. Dores crônicas resultantes da intervenção cirúrgica precisam ser controladas com medicamentos e a máscara de Bane pode ser parte de um equipamento de suporte vital, que libera um analgésico inalável, produzido a partir da flor azul vista no primeiro filme. O grande detalhe é que o analgésico, produto de uma planta que também é alucinógena, além de abrir portas na mente insana e incontrolável de Bane, permite a ele que tenha mais resistência à dor e o faz mais forte. Seus limites de treinamento e luta são ampliados pela dor reduzida pelo medicamento da Liga. Como muitas drogas, a glândula adrenal pode ser estimulada, liberando doses absurdas de adrenalina que só um corpo geneticamente evoluído como o de Bane consegue suportar.


Bane está pronto para atacar o herói. No entanto, duvidamos que Batman terá a espinha quebrada, como nos quadrinhos, mas o golpe destruidor deve ser na bacia. O universo verossímil de Nolan não admite a fantasia de uma recuperação total da espinha fraturada, mas a bacia é mais plausível, pois é um osso essencial para a movimentação e que exige muito tempo de recuperação, quase sempre com sequelas só minimizadas com muita fisioterapia. Felizmente, Bruce tem uma genética que está a seu favor.  

Outra opção seria a de que tais sequelas talvez exijam um novo uniforme que seja uma ferramenta para a volta de Batman. A armadura melhorada tem mecanismo de auxílio aos movimentos, quase como um exoesqueleto, um aprimoramento proposto pela mente de Lucius Fox, suficiente para permitir movimentos suaves, sem fazer de Batman uma espécie de Homem de Ferro. Esse projeto já foi testado em seus primórdios. Em "O Cavaleiro das Trevas", Batman evitou que um de seus imitadores matasse alguém dobrando o cano da espingarda com o braço, auxiliado por um servomotor acoplado à armadura. Aqui, vale a ressalva de preferimos a opção da recuperação pelo ímpeto físico, que manteria Batman em seu aspecto original.

Batman vai ascender novamente. Mas antes de se recuperar fisicamente, precisa reconstruir sua mente, seus princípios, seus objetivos. É no Poço de Lázaro que isso vai acontecer. Após ser abandonado aos pedaços por Bane. O espírito de luta do Batman está morto. Não é mais um perigo para ele. Bruce precisa refazer seu treinamento se quiser se recuperar. Ao voltar para as origens, repassando cada etapa vista em Batman Begins, Bruce vai encontrar o Poço de Lázaro. Não será uma água mágica, não será uma poção milagrosa, mas uma epifania. Ao cair nesse poço, Bruce vai ter contato consigo mesmo após entender a mensagem que está à espera dele: "Por que caímos?". É hora de se levantar.


De volta à luta, Bane vai novamente tentar destruir o espírito do herói. Alfred pode estar na mira. Como já enterrou muitos membros da família Wayne, Alfred não quer ver mais um falecer. É possível que ele morra na tentativa de proteger Bruce, a quem considera um filho. Outra morte plausível é a de Lucius Fox, especialmente por não ser um personagem do passado de Batman, não do seu presente e que está fora das histórias do herói há muito tempo. Apostamos em Alfred, pois a relação de longa data entre os dois é um  estopim mais potente para a raiva que Batman vai direcionar a Bane, que será a arma da reconquista. Pela primeira vez lutando contra o mal à luz do dia, liderando homens do bem, Batman vai ser reconhecido como herói que Gotham precisa e merece. O rejeitado e perseguido Batman, que assumiu a culpa pelos crimes de Harvey Dent, está morto. O Morcego se torna a lenda, enfim. Um Batman que volta da morte para viver eternamente como o símbolo do herói incorruptível. O Cavaleiro das Trevas Ressurge.

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